"When there's Magic in the Music ..."

quarta-feira, junho 27, 2007

DINOSSAUROS ...

Esta segunda-feira estava a sair de uma reunião por volta das 7 da tarde, quando recebi uma chamada de um amigo: "Queres vir ver os Rolling Stones? Tenho bilhetes!".

Ora muito bem, cumpre-me desde já dizer que apesar de compreender e de aceitar o lugar de destaque que os Rolling Stones ocupam na história da música em geral e do Rock em particular, nunca fui grande adepto deles. Porquê? Acho que no fundo tudo se resume a uma coisa - som ranhoso de guitarra. Uma coisa é perceber aquele som em 1960, quando só havia combos Fender com aquele som, outra coisa é décadas e décadas agarradas aquele som com outras opções à mão. "É o som deles" definem os puristas, e como compreendo, opto por não os ouvir muito. Prova disso mesmo, é que nem sequer tinha planeado ir ...

Após 5 minutos de argumentos, e sabendo desde logo que não se iria chegar a tempo de ver a banda de abertura (quem?), acedi ir - quanto mais não fosse por uma noite sem ter que estudar para a Tese, e pela possibilidade de eventualmente "estragar" o relvado da "lagartagem".

Chegado ao WC por volta das 21H00, tive um problema com a validação do bilhete no torniquete - o Steward apressou-se a explicar a forma correcta de validar o bilhete, ao que eu respondi "Ó amigo, não vale a pena explicar - eu sou 'vermelho' e não planeio vir cá muitas vezes"... B-)


Entrado no WC, deparo-me com esta vista ...

e saíu logo a piada fácil #1 da noite - "Hmmm ... pá, os tipos são velhotes, vêm mal, vai estar pouca luz, e com estas cadeiras todas às cores eles vão ficar convencidos que o estádio estava esgotado!".

Ao fim de 10 minutos de espera, gastos na conversa e a fazer 2 buracos no relvado, lá começou o espectáculo.

Pontos dignos de registo:

*a atitude, a energia e a pose do Mick Jagger - sempre em movimento de um lado para o outro, e uma pose de bravado que de nota mesmo até quando entre músicas ele se desloca até aos bastidores - um animal de palco ...


*a minha distância ao palco não me permitiu distinguir com clareza (nem no ecrã gigante) os cabos, mas acredito que havia algum suporte artificial para manter um tipo com um bigodinho que lhe dava um aspecto de "avôzinho janado" de pé ... a meio do concerto esse "avôzinho" ficou sozinho em palco a tentar equilibrar-se - o que provocou uma risada geral - e depois tentou cantar dois temas. Entre isto, o som ranhoso de guitarra e as "pregadas", mais valia terem deixado o "avôzinho" em casa ...



*Piada fácil #4876274 (foi uma noite de piadas fáceis) - a meio de um tema passaram no ecrã um imagens de um video-clip dos Stones (suponho eu pela indumentária) da década de '70: "Eia! O baterista na década de '70 já era velho! Quantos anos terá agora?"

*Em termos de reportório, os Stones tocaram poucos hits. Apesar de não conhecer profundamente o reportório deles, falharam para mim pelo menos dois temas que deveriam ter sido tocados, nomeadamente aquele que para mim é um dos 3 melhores temas dos Stones - "Harlem Shuffle" - e o "Angie".

*Quando a parte musical deixa algo a desejar, o que é que se faz para "entreter o povo"? Muita mobília em palco, vários músicos adicionais, luzes, vídeo, e outros malabarismos, como uma boca gigante insuflável que não esteve insuflada mais do que 2 minutos!!!


E, após uns foguetes (convém para entreter o povo), assim acabou ...


Já posso dizer que vi Dinossauros! B-)

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quarta-feira, junho 20, 2007

Hands Of Time ...

Na altura do convite efectuado pelos manos Gioeli, Neal Schon tinha acabado de sair dos Bad English. Assim, pegou no seu baterista dessa última aventura, Deen Castronovo, e em Todd Jensen para completar a secção rítmica dos Hardline. O registo afasta-se do som puro AOR dos Journey, sendo inclusive mais pesado que o registo dos Bad English. Em 2 dos 12 temas do álbum, os Hardline contaram com a ajuda do Jonathan Cain, companheiro de Schon nos Journey e nos Bad English.

Para além do tema da semana passada, são de destacar os temas "Hot Cherie" - préviamente um single Top40 interpretado por Danny Spanos em 1983; "Rhythm From A Red Car" - tema que era utilizado durante a década de 90 na RTP como música de fundo das promoções de transmissões relacionadas com Rallyes; e o clássico "In The Hands Of Time" que fez uma aparição num episódio do Baywatch.



Os Hardline, ou melhor, os manos Gioeli, voltaram a juntar-se já nesta década, e lançaram um album novo, mas a sonoridade nada tem a ver com o Double Eclipse ...

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domingo, junho 17, 2007

Toda a vida fui pastor ...

Acabei de ver na SIC a notícia que o "Ainda Há Pastores?" ganhou o festival FICA ... e sem dúvida que merece este e todos os outros prémios que venha a ganhar, pois é sem dúvida um dos filmes mais poderosos que eu já vi ...

Não sei se é por causa de eu ter nascido na região, mas desde a primeira reportagem que vi em Outubro do ano passado, que fiquei fortemente impressionado pelo tema do filme ... essa impressão confirmou-se quando vi o filme na SIC no final do ano passado, com as diferentes estórias ... no fundo, acho que a força do filme advém da sua simplicidade ... retrata apenas a vida, tal como ela é ... sem sugar-coating ...

Recomendo ...

PS-Dêem uma saltada no blog ...

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quarta-feira, junho 13, 2007

De volta ...

Nás últimas semanas tenho estado afastado das lides bloguísticas - um congresso em Freie Hansestadt Bremen, o intensificar do trabalho para a tese - motivado por uns prazos impostos pelo orientador, que se queixou um pouco da minha "inactividade", e mais um casamento, foram os grandes culpados.

Sobre Bremen, merece destaque 3/4 da praça central, pois num dos lados (o que está nas costas da imagem) o edifício moderno da câmara é um autêntico crime contra a envolvência ...
, a estátua de Rolando ...
, a Rathaus ...
, e, a Die Obere Rathaushalle ...


Quanto ao casamento do Carlos (para mim será sempre o Carlitos) ... deu para relembrar todo o percurso com alguém que é nosso amigo desde que nasceu - desde fazer "papas" de terra nos quintais das casas dos nossos avós; jogar à bola, à malha, à pela e à carica; guerras de barro de onde as roupas saíam em mísero estado; brincar aos cowboys aldeia acima e abaixo, com last-stands na torre da igreja; jogar às escondidas no recinto da escola nas férias de verão; descobrir "a catarata"; jogar às cartas no cimo da Fraga da Pena; e o histórico jogo do "Dá-lhe campeão", onde num jogo de "muda aos 10 e acaba aos 20", os miúdos "gorditos" (eu e ele) acreditámos e recuperámos de uma desvantagem de 2-10 para acabar por ganhar por 20-19 ao meu primo e ao irmão dele.

Foram uns bons 30 anos ... esperemos que os próximos 30 sejam pelo menos assim tão bons! B-)

PS-"Dá-lhe campeão, dá-lhe campeão, Ooooooheeeeeeeeeeeeeehooooooooooooooh!"

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segunda-feira, junho 11, 2007

Can't Find My Way ...

Este fim-de-semana ao ir para Viseu para o casamento #4, ouvi na Best FM uma música que me transportou para o ano de 1996. No verão desse ano fiz umas férias de 3 semanas por França, Suiça e Alemanha. Para ajudar a suportar um porradão de kilómetros (acho que foram cerca de 6000), um conjunto de cassetes gravadas por mim, com algumas das jóias da minha (na altura, parca) colecção de AOR. Em grande destaque, esteve uma cassete com os meus temas favoritos do Double Eclipse dos Hardline. Rezam os rumores que no início dos anos 90 os manos Gioeli tinham uma banda com algum sucesso no Sunset Boulevard. Tinham também uma irmã que o Neal Schon estava a namorar. Os manos Gioeli pedem ao Neal para produzir o album deles, e visto ele se encontrar numa fase de hiato na sua carreira, acede em troca de um lugar na banda. O resultado foi o Double Eclipse, que iremos retomar durante esta semana. Para já, fica o "Can't Find My Way".

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