"When there's Magic in the Music ..."

domingo, novembro 26, 2006

Hoje ...

Estou pior que estragado ... este senhor custou uma vitória aos 49ers ... vá ser conservador ao raio que o parta! Podiamos estar a liderar a divisão e com boas possibilidades de ir aos Play-offs, mas como não há maneira de ele arriscar uma polegada que seja, voltámos a ter um "record" negativo e ao terceiro lugar da série ...

segunda-feira, novembro 20, 2006

"Menino Azul" - 2

Após abandonar os Foreigner, Lou Gramm fez parte de um dos super-projectos do Hard Rock Melodico do início dos anos 90 - Shadow King. Os Shadow King para além de Lou Gramm contavam com o Bruce Turgon no baixo, Vivian Campbell (que na altura tinha acabado de fazer parte dos Whitesnake, e que actualmente se encontra nos Def Leppard) na guitarra, e Kevin Valentine na bateria. O album homónimo lançado em 1991 não registou grande sucesso e os Shadow King acabaram por se separar.

Lou Gramm volta então a juntar-se a Mick Jones em 1993, levando Bruce Turgon com ele, e ambos participam no "Mr. Moonlight" de 1994. Em 1997, em vésperas da partida para uma tour dos Foreigner no Japão, é diagnosticado um tumor cerebral benigno a Lou Gramm. Os tratamentos e a lesão que os mesmos causaram na sua glândula pituitária fizeram com que ele aumentasse de peso e danificaram-lhe a voz. Amigos meus que viram os Foreigner ao vivo entre 2001 e 2003 disseram-me que chegava a ser confrangedor. Talvez por isso, Mick Jones substituiu-o nos Foreigner.

Actualmente, Lou Gramm integra a Lou Gramm Band, junto com os seus irmãos Ben Gramm e Richard Gramm, e ainda Don Mancuso e Andy Knoll.

No seu auge, Lou Gramm foi para mim um dos 10 melhores vocalistas de sempre, e para o provar, num registo mais soft que o "Midnight Blue" aqui fica "True Blue Love", do seu segundo album a solo. Força Menino Azul!



PS-Os 49ers voltaram a ganhar! 3 vitórias consecutivas pela primeira vez desde 2002 e também pela primeira vez desde esse ano estão também na linha da água nesta altura da temporada (5 vitórias e 5 derrotas). A vitória foi precisamente sobre os Seahawks, actuais líderes da conferência dos Niners e finalistas do Super Bowl do ano passado ... jogo de doidos nos últimos 2 minutos com 1 turnover para cada lado e 4 mudanças de posse de bola ...

terça-feira, novembro 14, 2006

"Menino Azul" - 1

Nascido em 1950 em Nova Iorque, com o nome de Louis Grammatico, Lou Gramm passou por bandas relativamente desconhecidas como os Black Sheep com o seu amigo Bruce Turgon, até ser convidado para ser vocalista dos Foreigner em 1975. Ao serviço dos Foreigner, passou a ser uma voz conhecida e reconhecida, ao figurar em vários exitos como "Cold As Ice" (1977), "Dirty White Boy" (1979), "Wainting For A Girl Like You" (1981), "Juke Box Hero" (1982), ou "I Don't Want to Live Without You" (1988). O seu momento mais alto (e também dos Foreigner) foi no entanto o mega-hiper-ultra sucesso "I Want To Know What Love Is" (1984), onde ele claramente demonstra todas as suas capacidades vocais. Divergências com o guitarrista Mick Jones sobre a direcção musical dos Foreigner, levaram-no a abandonar a banda no final da década de 80. Pelo meio ainda teve tempo para gravar dois albuns a solo, "Ready Or Not" (1987) e "Long Hard Look" (1989), que tiveram um sucesso considerável, coisa rara para albuns a solo de vocalistas de bandas de Hard Rock.
É também de assinalar o número invulgarmente elevado de temas que fazem referência à cor azul - o que nos leva ao assunto do post em concreto: no seu primeiro album a solo, Lou Gramm teve um êxito estrondoso com "Midnight Blue". O tema, composto por Lou Gramm e pelo seu velho amigo Bruce Turgon (que também assegura o baixo e as guitarras ritmo), é impelido pelo "driving bass" de Turgon, e possui uma passagem que tenta (e eu diria que consegue) resumir a vida: "I remember what my father said / He said 'Son, life is simple / It's either cherry red or... / Midnight Blue...'".
Este tema possui ainda - cortesia do "mano" Ben Gramm - o que eu arrisco considerar como o MELHOR "break" de bateria da história da música, que começa ao minuto 2:50 - quem discordar, faça favor de submeter alternativas. B-)

Mais para o final da semana, novo "tema azul".

domingo, novembro 12, 2006

Funk ...

Não consigo explicar esta minha apetência pelo verdadeiro Funk ... ou pelo som Disco dos anos 70. Os meus pais nunca foram grandes adeptos e na altura (finais de '70, inícios de '80) eu era demasiado pequeno para sequer distinguir entre tipos de música, ou mesmo para a procurar. Assim, acho que a culpa será de alguma vez que eu tenha ouvido de fugida um tema de Funk na rádio na minha infância, e que esse tema tenha ficado gravado a laser no meu cérebro.
Mais esquisito ainda é o facto de a onda Funk Rock que, supostamente, alia duas correntes do meu agrado, ser para mim um género menor e que me merece pouca atenção ...

Talvez a atracção advenha mesmo da questão técnica: o Funk assenta em poderosos "walking parterns" de baixo, e pelos ritmos Funky de guitarra, onde, curiosamente, as notas não tocadas são mesmo mais importantes que as tocadas ... e aos quais eu não consigo ficar indiferente ...
Assim, sempre que tenho chance de ouvir ao vivo bom Funk faço questão de ir ...

Por isso mesmo, ontem voltei a ir ao Disco Fever. Menos gente que no ano passado ... o que não se compreende até porque quanto a mim o line-up era inclusivé mais forte. De qualquer modo, a noite começou com uma banda Portuguesa - Tribo - que interpretou um conjunto de covers do Stevie Wonder. Nada de espectacular, com excepção da vocalista com um vestido azul ... B-)

De seguida, uma nova banda de covers mas com a presença de duas das ex-vocalistas dos CHIC: Norma Jean e Luci Martin. Fizeram um medley de hits Disco, entre os quais, o "Le Freak" dos CHIC. Razoavelzinho ...

No intervalo entre os CHIC e os cabeça de cartaz, 5 tipos fizeram uma exibição de Break Dance mesmo ao meu lado ... tenho que admitir que já lá vão uns aninhos desde que vi Break pela última vez ...

A encerrar, os Kool & The Gang - a verdadeira boys band - pois não só os 8 elementos "da frente" cantam e dançam, como também tocam instrumentos musicais. Passaram pelos seus êxitos todos como "Celebration", "Hollywood Swinging", "Get Down On It", "Cherish" ou mesmo "Fresh". Muito Bom!

Durante os três concertos passei grande parte do tempo a "micar" os guitarristas para ver se "sacava" os riffs de guitarra mas sem grande sucesso ... tenho MESMO que ver se consigo arranjar algumas lições de Funk ...

PS - Os 49ers voltaram a ganhar!

domingo, novembro 05, 2006

The Catch ...

10 de Janeiro de 1982 ... Candlestick Park, San Francisco ... final da conferência NFC entre os Dallas Cowboys e os 49ers, equipas com historial recente bastante diferente: os Cowboys vindos de uma década de 70 em que ganharam 2 Superbowls e em que se tornaram uma equipa temida, e os 49ers com 3 derrotas consecutivas nos playoffs para os Cowboys ('70, '71, e '72) e 7 épocas em que perderam mais jogos do que ganharam.
Em desvantagem no marcador (21-27), Joe "Cool" Montana pega nos seus 49ers e leva-os até à linha das 6 jardas a 58 segundos do final. Na jogada seguinte, Montana recebe o snap, corre para a sua direita e com 3 defesas dos Cowboys na peugada, Montana faz um passe alto para o fundo da end-zone onde Dwight Clark salta e agarra a bola com a ponta dos dedos como se fosse uma vida a escapar-lhe por entre a mãos ... as palavras ecoam: "Caught by Clark! Touchdown Forty-Niners!"

Os 49ers embalam então para uma vitória nesse jogo, uma vitória no Superbowl desse ano, uma década e meia de domínio da NFL, com mais 4 Superbowls de permeio, e um conjunto de jogadores no Hall Of Fame, com incidência no Joe "Cool".

Ontem, quase 25 anos depois, no intervalo do jogo entre os 49ers e os Vikings, Joe Montana e Dwight Clark recriaram o momento mágico que para sempre será conhecido apenas como "The Catch". Ontem, tal como há 25 anos, os 49ers ganharam ... mas infelizmente não convenceram. Não se vislumbra uma década e meia de domínio pela frente ... mas verdade seja dita, ainda só vamos no terceiro ano consecutivo (quarto com o actual) com mais derrotas do que vitórias ...

A forma como Montana jogava foi descrita na perfeição numa crónica que um dia li numa Sports Illustrated - "effortless grace". Para quem tiver curiosidade, "The Catch" começa ao segundo 49 deste pequeno filme sobre a sua entrada no Hall Of Fame.



PS-Hoje decidi-me a finalmente fazer sair uns posts que andavam aqui a "marinar" há alguns dias ... B-)