"When there's Magic in the Music ..."

domingo, maio 28, 2006

"Whatever" ... In Rio
Acabo de chegar do festival que dá pelo nome de "Rock in Rio - Lisboa". Aproveitei para passar por lá no dia em que havia algumas bandas de rock (sim ... D'zrt ou Ivete Sangalo num festival de rock não cabe na cabeça de ninguém ... mas adiante).
Fiz de propósito para chegar tarde e evitar Pitty ou lá o que era.
Cheguei a meio do set dos Xutos, a quem finalmente vi ao vivo - a long time due. Sólidos, fieis a eles próprios, sem desiludirem nem surpreenderem. Continuo é com a impressão que em 90% das músicas, na mistura, a guitarra do Zé Pedro está completamente abafada ... será que é de propósito?
De seguida, The Darkness, a banda que eu queria ver. Muito bem tocado, Justin Hawkins sem desafinar, o baixista a revelar uma boa voz em dois covers dos AC/DC, bom sentido de humor e interactividade com o público, mas fiquei desapontado. O set deixou de fora as malhas que quanto a mim deviam ter sido tocadas, como "Love is Only a Feeling", "Dinner Lady Arms" ou "Hazel Eyes".
Depois de um atraso de cerca de meia-hora - G'n'R. Que dizer? As minhas expectativas não eram muito elevadas para começar, mas acho que não é por causa disso que merecem nota positiva. De salientar que apesar de a voz de Axl já não chegar tão alto, ele disfarça bastante bem. Porquê 3 guitarristas e 2 teclistas? Já pareciam os Pink Floyd com a "mobília" toda em palco. Pontos negativos: hiatos demasiado longos entre as músicas sem razão aparente e total ineptitude no "stage banter" quebravam o ritmo; excesso de solos (3 guitarristas e 2 pianistas dá nisto), também contribuindo para a quebra de ritmo; as músicas novas não entusiasmaram o público. Pela amostra, acho que "Chinese Democracy" não vai conseguir re-acender a chama ... 13 anos é muito tempo, e não ouvi nada que ficasse no ouvido à primeira.
Se os organizadores em 5 dias tivessem a coragem de trazer outras bandas de rock, tipo Def Leppard, Bon Jovi, Journey ou mesmo Toto (em tour pela Europa neste momento) não era mal pensado, e justificavam o nome do festival. O que vale é que dia 14 temos Whitesnake no Coliseu ... a não perder!

terça-feira, maio 23, 2006

MEL C

Acabou por se verificar aquilo que foi a minha opinião desde o primeiro dia ... apesar de não ser a spice com "maiores talentos", sempre a achei a mais talentosa ... isso era notório até pelo facto de no molde de músicas das Spice Girls, as partes mais "altas" ou difíceis (tipicamente na região da Bridge B) tocavam-lhe sempre na rifa.
Tipico de uma boys/girls-band, zagaram-se as comadres, as que tinham talento vão-se mantendo pelo panorama musical pop e as restantes ... como dizia o Dave Mustaine, "os telediscos sem som são fenomenais!".
B-)
É caso para pegando no nome da malha dos Roxus, perguntar "Scary, Baby, Posh e Ginger Spice - Where are you now?"

Quanto à música que actualmente brilha no Top nacional, acho que ela já fez bem melhor ... o dueto com o Brian Adams é bem mais comestível ...

segunda-feira, maio 22, 2006


ROXUS - Nightstreet

Mais uma daquelas pérolas que passaram desapercebidas - banda Australiana que lançou um grande album. Apesar de serem bastas vezes referidos como mais uma banda de "clones" dos Bon Jovi, quiçá graças ao facto de terem suportado Mr. Bongiovi e companhia em digressões Australianas durante o final da década de 80 e início da década de 90, acho que o album fala por si. Malhas do calibre de "Rock'n'Roll Nights", "My Way", "Stand Back", baladas como "Jimi G" ou "This Time" ou ainda o etéreo "Where are you now?" (o ponto alto do album) contribuem para solidificar o estatuto de clássico.
A guitarra de Dragan Stanic apesar de não ser muito espalhafatosa, brilha ao longo de todo o album, tal como a voz de Juno Roxas, beneficiando ainda a música dos teclados polvilhados de Andy Shanahan. Em 10 músicas, 6 que ficam no ouvido logo na primeira audição é sinal inequívoco de que estamos perante um grande album em qualquer época ou região geográfica. Se o encontrarem num e-bay perto de vocês, comprem-no ... não se vão arrepender ... B-)
PS-O facto de a música "Body Heat" do E.P. Live ter ficado de fora do album devia ter dado origem a queixa-crime ...

Oh Lord(i)!

O que dizer do Festival da Canção Europeu deste ano? Grande surpresa ... em especial pelo facto de alguns dos países mais "conservadores" terem votado com um número elevado de pontos num conjunto de maltrapilhos que tocam guitarra com distorção, em vez de optarem pelas sempre seguras baladas românticas dos diferentes Toys de cada país, ou pela "umpteenth" girls-band em trajes diminutos - na meia-final de quinta-feira fiquei sem saber se "aquilo" era suposto ser um festival da canção ou um concurso prá mais bela pernoca ...

O Eládio Climaco deve andar com a garganta dorida até meio de Julho ... custou-lhe mesmo engolir os Lordi ... B-)

Apesar de a música dos Lordi não me ter cativado - Hard-Rock genérico ou "paint-by-numbers" - sempre foi uma grande lufada de ar fresco num programa que chegava a paralizar o burgo ... esperemos que seja o início de uma nova era para o Festival ...

Agora, e sem ter motivos para duvidar da bela tradição Tuga de mandarmos uma música do mesmo género da que ganhou o Festival no ano transacto, estou para ver onde vão desencantar uma banda de Hard-Rock para o ano ...

quinta-feira, maio 18, 2006

"Lisboa, Menina e Moça"
... entre ontem (Tasca do Xico) e hoje (rádio no trânsito), ouvi duas boas versões deste GRANDE fado (para mim continua a ser o melhor de todos). Nas vozes do Paulo Jorge (Tasca do Xico) e Paulo de Carvalho (rádio), o fado foi bem tratado. Apesar de o Paulo de Carvalho ter créditos no fado em questão, continuo a prefirir interpretações do Carlos do Carmo ... acho que leva o fado para um patamar superior. Confirma-se, no entanto, que quando as coisas são cantadas com alma, até fico arrepiado ...

Por outro lado, e para compor o ramalhete, estava lá um "artista" ("Gentlemen, I use this word loosely") a tentar (?) fazer uma versão fado do "Porto Sentido" ... resultado? 3 minutos e meio da minha vida desperdiçados e que nunca mais vou recuperar ... fazia sentido alguém gravar a "performance" do artista em questão e tocá-la de volta para ele perceber que por muito que ele goste de fado, a assistência não tem culpa ...

terça-feira, maio 16, 2006

"When there's Magic in the Music, it's the singer, not the Song".

Esta foi a conclusão que os Messieurs Sullivan e Peterik dos Survivor (www.survivormusic.com), nos idos anos de 1982 escreveram. Quem conhece certas malhas do Paulo Gonzo, sabe que é bem verdade pois se estivesse outra voz (Coverdale?) em cima daquilo, comia-se muito melhor.

O que eu me proponho neste blog é ir escrevendo considerações sobre música, bem como sobre episódios anedóticos do dia-a-dia ... uma mistura de uma visão do mundo muito "à lá" George Costanza com uma banda sonora polvilhada por muito e bom Rock ...