Muita gente me chateou para ir nem que fosse ver os Bon Jovi, mas eu não vou. Porquê? Porque os Bon Jovi já não são os Bon Jovi - deixem-me explicar: os Bon Jovi nos tempos aureos não faziam as musiquinhas rascas que têm vindo a fazer desde o "Crush". Para além disso, na altura davam-se ao respeito, tipo, virava-se alguém para o JBJ e dizia "Queres ir tocar a Portugal? O Alejandro Sanz é a banda de abertura ...", ao que o JBJ respondia (e bem!) "I wouldn't be caught there "Dead or Alive"". Recapitulando: *Expofacic, Cantanhede? GOOD! *Rock in Rio, Lisboa, Alejandro Sanz na primeira parte? BAAAAAAAD!
PS-53 euros para ver Alejandro Sanz? Devem estar doidos!
Quarta-feira, 21 de Maio, 21H30, Coliseu de Lisboa com uma plateia razoavelmente composta. A média de idades rondava claramente os 40 anos, mas perdi a minha aposta em como seria a minha irmã a pessoa mais nova na audiência, pois para além de se ver alguns pré-adolescentes (claramente acompanhando os pais), consegui vislumbrar um grupo de 4 adolescentes rocking out no meio do set, o que me deixou particularmente contente, mas adiante ... Após as luzes se apagarem, e uma música de introdução ... ASIA! O que se passou de seguida foi uma barragem de temas clássicos dos 4 Senhores em palco, John Wetton, Carl Palmer, Geoff Downes e Steve Howe, entrecortados por 2 temas do novo álbum, e por temas das bandas por onde os Senhores passaram, como o "Fanfare For The Common Man" com o Carl Palmer a soar como um homem possesso na bateria, ou o "Video Killed The Radio Star" para o qual o Geoff Downes vestiu um casaco prateado e usou óculos escuros - É DE VALOR!
No meio disto tudo, o Steve Howe parecia alheado do que se passava à sua volta, nunca entrando verdadeiramente "no balanço", com a notável excepção do solo que tocou ... se calhar por ser mesmo a solo ... Valha-nos o facto de os power chords do "Heat Of The Moment" não serem complicados, senão cheira-me que a versão ao vivo também teria ficado distante do original.
Quanto aos restantes membros, apenas cumpre dizer que o Geoff Downes é muito provavelmente o melhor teclista que eu já vi ao vivo, e o John Wetton apesar de uns ligeiros "desentendimentos" a nível de tempo musical - culpa do Carl Palmer que estava "a tocar depressa demais" - fez boa figura ...
Com o tema "Soul Survivor", terminava o concerto, mas não a noite, pois ainda deu para ir ao Speak Easy ver os Ferro & Fogo.
Já à algum tempo que estava para publicar a canção (????) que os "nuestros hermanos" decidiram eleger para os representar no Festival da Eurovisão. Não há palavras para a descrever, e basta ver no YouTube os comentários de vários Espanhóis que se confessam envergonhados pelo tema, mas pior ainda foi o facto de vários países terem votado no mesmo - com o nosso país quase a encimar a lista, atribuindo 10 pontos à mesma canção - tendo mesmo acumulado 55 pontos, e ficado à frente de 10 países.
"Olhei, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro ..."
No domingo fui à Catedral. Já não ia lá à algum tempo ... e não tinha qualquer esperança numa apuramento milagroso para a Champions. Mas, mesmo assim, senti que tinha de ir. Não pelo jogo, mas pelo grande jogador (o melhor Português nos últimos 20 anos, para mim), pelo homem (enorme), pelo símbolo (inimitável) que é o Rui Costa, e que ao fim e ao cabo, representa o Benfica no que tem de melhor. E chorei ... quando vi o Maestro, que chorou por marcar um golo ao seu (e meu) clube do coração, sair do rectângulo. Clubes ganham e perdem títulos, formam e perdem craques, mas, o Rui Costa é do Benfica, e (como diz o Hino) "... isso me envaidece ...". O Benfica devia retirar o número 10, pois acho que mais ninguém devia poder usar esse número em campo ... Obrigado Rui, por tudo o que nos deste e por tudo o que irás continuar a dar...