Every breath you lose ... or ... When you lose a couple of steps ...
Estádio Nacional, 25 de Setembro, The Police Live ... apesar de um conjunto de pontos que se afiguravam como potenciais nuvens negras sobre o concerto:
- concerto num final de tarde de outono durante a semana,
- a umas horas que não lembram ao diabo (19H00),
- num estádio aberto,
- cujo acesso se faz exclusivamente de carro e através de duas das vias mais congestionadas de acesso à Capital, sendo tradicionalmente de acesso difícil no final da tarde,
- e, mesmo com o preço claramente inflaccionado dos bilhetes (uma pequena roubalheira - os preços iam dos 55 aos 90€),
A ideia de realizar o concerto no Estádio Nacional no final de tarde de um dia de trabalho, foi mesmo uma má ideia. Assim, desde logo foi assumido que estava fora de questão estar no estádio às 19H00 para ver os Fiction Plane, conhecida (?????) banda do filho do Sting. O trânsito na A5, para não variar, estava um pandemónio (alguns amigos demoraram 2 horas desde o Saldanha até ao Estádio Nacional - à estonteante média de 5km/h). Quem, em alternativa, tentou a estrada do Jamor, deparou-se com um conjunto de portões fechados de acesso aos parques de estacionamento e um "pára-arranca" desesperante. Chegados ao Jamor, já muito perto das 21H30 - hora noticiada de início da actuação dos The Police - foi uma correria para chegar aos lugares ... numas bancadas desoladamente desertas (preço dos bilhetes, garantidamente), apesar de o relvado estar relativamente composto. O concerto começou mais tarde do que o previsto, visto às 21H30 ainda estarem muitas pessoas a entrar no recinto, mas os minutos de espera deram desde logo para perceber que havia um "ventinho refrescante" que ia tornar a coisa difícil ... a expectativa era que o concerto aquecesse o pessoal ...
O arranque com o "Message in the Bottle" foi bom, mas sol (literalmente) de pouca dura, pois os The Police lançaram-se num set desinspirado, pleno de temas menos conhecidos, mais calmos, com instrumentações que se prestavam mais a um concerto numa sala de dimensões mais reduzidas e com uma acústica melhor do que o Estádio Nacional, onde o tal "ventinho refrescante" fazia um efeito de "rotating speakers". Mesmo nos temas mais mexidos, os The Police invariavelmente a meio enveredavam por um interlúdio musical numa onda Jazz "Ah e tal, que nós agora somos munta bons e temos que inventar umas cenas maradas para mostrar que somos grandes músicos" que perdiam o público e quebravam o "embalo". Exemplo por excelência disso mesmo é a versão do "De Do Do Do", que o Sting fez questão de retalhar para um interlúdio Jazz, que parecia mesmo saído de um álbum da Maria João e do Mário Laginha ...
De resto, no concerto deu para apreciar a mestria do Stewart Copeland - o gajo é um baterista do camandro! - e uma iluminação bem conseguida ...
... luzinhas ...
... mais luzinhas ... e um tipo à minha frente numa t-shirt verde aos saltos, provavelmente devido ao frio, e não devido a estar a apreciar particularmente o concerto ...
... o "Roxanne" e a sua red light, que derivaram em mais uma revienga Jazz, que matou o tema por completo, sendo seguido pela paragem para o encore ...
Tenho que confessar que foi o pedido para encore mais fraquinho a que já alguma vez assisti. O público nesta altura já estava a abandonar o estado em número considerável, até porque o "ventinho refrescante" e as reviengas Jazz tinham-se encarregado de arruinar o espírito ... eu pessoalmente nesta altura estava ocupado a tirar a foto à "Ghost In The Machine".
O encore ainda nos trouxe o "Every Breath you Take", o "So Lonely" e outro tema que não reconheci, e uma reaparição da guitarra desafinada do Andy Summers ...
E assim acabou um concerto que esteve muito longe de aquecer verdadeiramente a audiência ...
Etiquetas: The Police
1 Comments:
E querias tu que eu gastasse dinheiro com isso...
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